100 dias e tudo que vimos desse período foram as trapalhadas do presidente e seus ministros. Com 80 dias, Phileas Fogg e Passepartout deram a volta ao mundo em um balão. Nada foi feito. Para não dar zero total, apresentou uma reforma da previdência, que é uma missão de todo programa da direita mundial, um projeto contra a violência, cheio de erros e inconsistente e a liberação do porte de armas, que é condenada por toda a sociedade. Os índices de uma pesquisa de avaliação são os mais baixos da história. Alguma surpresa? Para quem já conhecia o presidente, não. A maior baixa está entre os apoiadores do presidente desde a eleição. E a tendência é aumentar o índice, já que o próprio presidente dá sinais de desgaste pessoal, afirmando que não nasceu para ser presidente e que em tom de brincadeira ofereceu o cargo ao seu amigo Moro.
Chegou a falar recentemente que cumpriu quase 100% de suas metas. Na verdade, não conseguiu cumprir nem 1/3 de sua lista de desejos, como diria a deputada federal Tabata Amaral, a ativista pela educação brasileira. Entre elas, está o Estímulo à Agricultura Familiar, Plano Nacional de Segurança Hídrica e Privatizações no Setor de Transportes.
Hoje (segunda-feira), já anunciou que pretende fazer o 13º Benefício do Bolsa Família, em função justamente de seus baixos índices de popularidade, principalmente no Nordeste, onde já falou que não daria um centavo para a região. Muitas das famosas metas, estão nas mãos de ineptos. Ministros que colecionam mais vexames oratórios do que propriamente alguma ação. O que esbarra com uma das metas que seria: Intensificação do processo de inserção econômica internacional. Em três meses perdemos contratos milionários com a Europa, países árabes e China. Com as declarações de que o nazismo foi de esquerda e não de direita e sua proximidade com Israel, estão levando a uma debandada de investimentos a burros d’água.
Como não falar em educação? A pasta mais comentada por trapalhadas, demissões e ausência de projetos. O ministro deve deixar o governo por "problemas de gestão". Não teve capacidade para fazer nada...e imaginem se houvesse... perdemos 100 dias onde não se poderia perder um só. Do que poderia se orgulhar? A meta seria mais simples: Lançamento de um programa nacional de definição de soluções didáticas e pedagógicas para alfabetização, com a proposição de método para redução do analfabetismo a partir de evidências científicas. Ficou ocupado em tentar colocar alunos cantando o hino, tirar verbas, tirar avaliações e colocar na lista de livros obrigatórios um revisionismo histórico sem precedentes e sem a necessidade de bibliografia.
O Capitão pede desculpas, reconhece que não é um presidente, mas um militar e começa a distribuir cargos em troca de apoio. A nova política não durou nem 100 dias. Moro aceita as desculpas. Enquanto isso, temos aumento nos combustíveis, aumento no quilo do Feijão Broto Legal, além de Flávio Bolsonaro não ir depôs ao MPRJ e cadê o Queiroz? Podemos falar uma lista imensa de apenas agonia para a população, mas ao invés prefere dar prioridade recolocar o brasão da República na capa do passaporte, abrir uma “loja de representação” em Jerusalém, acabar com o horário de verão por 2 anos e eliminar a tomada de 3 pinos. E as contradições somente aumentam: aumenta o preço dos remédios e Moro baixa o imposto dos cigarros. Eles vão matar o povo! Já bradou o Dr. Dráuzio Varella.
Chegamos aos 100 dias esfarrapados, com o corpo destroçado de tanto lutar e gritar por direitos, como sendo um dos países mais tristes, de acordo com uma pesquisa internacional, além do desalento pelos próximos 100 dias.
É verdade esse bilhete!